segunda-feira, 3 de outubro de 2011

É Eu sou Estranha

Eu odeio que invadam meu espaço, que não respeitem minha individualidade (em tempo: educo minha filha pra ela ser assim também). E não digo isso no sentido de que "ah! Mas ninguém gosta que invadam seu espaço...". Eu não gosto mesmo! E vai das coisas mais graves às mais banais, como por exemplo o fato de eu não me sentir nbem com abraços (me sinto "invadida"), me sinto extremamente constrangida quando me abraçam. E agora que estou grávida e as pessoas estão com aquela mania "delícia" de passar a mão na minha barriga? Nossa!!! Olha me sinto muito mal com isso! Eu não gosto! Sou extremamente carinhosa com a Beatriz (tadinha, ela sofre com meus ataques de Felícia), mas é só com ela (e provavelmente será com o Mateus Gustavo também). Gente! Eu sou assim! Se Freud explica, talvez um dia eu me interesse em saber, mas por enquanto me sinto "EU" assim. Não sou muito de "proximidade" nem de me abrir com ninguém (só com o M.). O meu pensamento é que todo mundo tem seus problemas, então não tem porque eu ficar desabafando os meus com quem já tem que se preocupar com os seus, sempre fui assim. Uma amiga, que eu sempre ouvia com o maior prazer, vivia me falando que a vida não é assim, que os amigos também "servem" para ouvir nossas tristezas e nossas dúvidas, que entre amigos isso não é incômodo, que eu mesma já devia estar de saco cheio de ouvir seus desabafos (e eu nunca estava), mas que eu devia me abrir mais. Mas eu não sou assim! Não sou mesmo de me expor...


Quem me conhece sabe que eu não sou de ligar, de mandar e-mail, de cobrar amizade de ninguém e o inverso também é bem vindo! O dia que a gente acha que tem algo legal pra contar, que está com saudade, a gente entra em contato e tudo é como sempre foi! Mas me enche muito isso de : "ah vc não me liga!", "ah vc não respondeu meu e-mail"..." ah blá, blá, blá"... Eu nao tenho paciência nenhuma pra gente carente! Não tenho mesmo! Nunca tive. Tenho uma amiga que namorava um amigo há um tempo atrás e ela vivia aqui em casa pra me contar "blá, blá, blá que ele não gostava dela", só pra eu ficar dizendo: "ah ele gosta sim! ele não fez isso e isso por vc? ele não te falou que gosta? Não vive demosntrando isso?". Ai gente que chatisse! Um dia me cansei e disse com toda a amabilidade do mundo (não estou sendo irônica, fui amável mesmo): "Se não está bom sai fora! Procura sua felicidade em outro lugar! Você não tem o direito de colocar sua felicidade sob a resposabilidade de outra pessoa." Gente, isso é um saco! É sério! Ter que ficar alimentando carências... Tenho mais o que fazer! Na verdade as vezes nem tenho, mas haja paciência, né? Outro sentimentozinho que me irrita é "ciúme". Puta que Pariu! Mas que sentimentozinho "UÓ!". Eu já fui a pessoa mais ciumenta da face da Terra ("a melhor do melhor do mundo") e sinceramente, nem sei como o M. aguentou por tanto tempo as minhas maluquices. Eu não aturaria! Odeio paranoia! Odeio que me testem, que me cobrem, que desconfiem de mim! Odeio mesmo! Mas Graças a Deus, amadureci e não ando mais procurando fantasmas sem sentido por aí. A vida é tão curta... Ninguém é obrigado a gostar, a aturar, a sem simpaticozinho com ninguém. Tudo isso a gente conquista (mais uma vez: educo minha filha para ser assim. LIVRE PARA AMAR QUEM ELA QUISER!). Tenho vivido umas situações muito chatas com algumas pessoas com isso de "cobrar" sentimentos. Estou me esforçando (mesmo) e quando acho que está tudo nos conformes vem uma coisa (COBRANÇA ou PIADINHA FORA DE CONTEXTO) pra me fazer pensar se vale a pena mesmo todo o esforço. Parece que nunca está bom! Chatisse, chatissse mesmo! Ah já nem tenho mais vontade, vai além dos meus limites. Eu quero paz! E é o que desejo pra todo mundo: paz!


É eu sou estranha! No dia em que soube da hidronefrose, a minha sogra e a Beatriz estavam comigo. Fiquei mal, mas queria meu tempo, meu espaço. É sério! Me pergunta uma vez: "Você está bem?". Se eu responder "Sim estou!". Entenda como "sim estou!". Não fique me perguntando isso de hora em hora, irrita! Você já está com sua cabeça a mil, pensando em mil coisas e ainda ter que ficar se preocupando em mostrar que está bem... Ai, ai... Liguei para o urologista e marquei numa terça-feira, às 17:30h, um horário péssimo, já que o consultório era no Leblon. Mas eu ia dar meu jeito! Aí minha sogra ficou: "Eu vou com você!". "Olha eu agradeço, mas prefiro ir sozinha" (por favor ENTENDA!). Mas ela ficava "Não que é isso? Eu vou com você!". Mais uma vez: "Eu prefiro ir sozinha!". Ela: "Então eu vou falar com o M. (meu cunhado) pra ir com você!". E eu: "Mas EU NÃO QUERO! EU PREFIRO IR SOZINHA!". Gente, meu espaço! Eu não estou com labirintite, não ando vomitando nem desmaiando e nem perdendo minha memória por aí, não usaria contraste e nem seria dopada. Qual o problema de eu querer ir sozinha????????? Bem, no final combinei com a minha irmã de ir comigo, porque ela me entende. Entende meu silêncio, meu mau humor e não fica me questionando sabendo que eu não quero responder. Mas acabou que o M. (marido) foi comigo.


Sei lá, por esse post deve parecer que eu sou chaaaaaatttaaaaa, mau humor e tal, mas nem sou. Eu só gosto de ter meu espaço, meu silêncio, minha individualidade, minha liberdade respeitadas. Pra mim não é difícil respeitar a alheia, queria que a recíproca fosse verdadeira. =)

2 comentários:

  1. Beth,sou bem parecida com você!, sabe odeio quando não quero alguma coisa e as pessoas ficam insistindo.odeio palpites piadinha e brincadeiras sem graça, toda brincadeira tem uma verdade.
    odiava quando colocavam a mão na minha barriga qdo.estava grávida.

    boa semana

    beijos

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  2. Olá Beth sou a mãe da Yara agora temos um novo blog só que está privado se nos quiser seguir deixe me o seu email ok?
    Eu ao ler o post em algumas partes parecia eu a escrever! Cada pessoa tem a sua maneira de se expressar e ha pessoas que nao entendem isso enfim!

    Bjs para voces =)

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